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quarta-feira, 20 de abril de 2011

Renato Kehl Biblia da saude (Hygiene). Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1926.






Renato Kehl

Biblia da saude (Hygiene).

Rio de Janeiro: Francisco Alves,

1926.

Livro em bom estado de conservação, capa dura, escasso, não perca, saiba mais ....
512p, capa dura original, escasso, não perca.

Trata-se de um grande clássico de caráter universal primordial para a educação. Possui texto de fácil entendimento que estimula o leitor a pensar e refletir sobre o tema proposto.
Superioridade Racial, nazismo, Eugenismo, infertilização forçada, Etc.


1ª e única edição deste raro exemplar e documento que atesta o racismo eugênico entre nós e sua tentativa de afirmação e de institucionalização, um livro que deve ser estudado, relido e analisado para a construção de um Brasil mais ameno, se quisermos.

Livro com diversas ilustração ao texto, algumas em papel especial do tipo couché.

Livro que se destina a falar da saúde e higiene humana como fator de discriminação segundo pressupostos eugênicos, atributo, entretanto, muito raro em um país de mestiços, sujos e aleijões.
Se propõe a discutir possibilidades de melhoramento, via artifício.
Melhorar a raça eliminando o elemento inferior presente em nosso país, tal como todos nós sabemos, fizeram os Nazistas na decada de 40, seguindo os eugenistas nrte-americanos e europeus na década de 20, só aí daria panao pra manga, o assunto vai longe .... Livro imperdível....





"A única parte útil da medicina é a higiene"
Tal reivinicação, atravessa o século XIX, prolongando e se atualizando no século XX, como evidenciado na Biblia da saude do eugenista brasileiro Renato Kehl.

Segundo ele, era necessário propagar a afirmação "cartesiana" de que cumpria à medicina a solução dos problemas que mais interessam "á grandeza e á felicidade dos habitantes deste planeta", porque "só ela, pela higiene, o mais belo florão da sua coroa", poderia promover o bem-estar físico e moral e a evolução somática e intelectual da humanidade.

Ao apresentar a primeira "pílula da vida", o eugenista tropical, apoiando-se no francês Lacassagne, tratava de definir a higiene como:

"Arte de conservar a saude, e si é verdade, como diz a sabedoria antiga, que a saude é o primeiro dos bens, a hygiene deve ser a primeira das artes.
Sim é arte e não sciencia; representa a aplicação de todos os conhecimentos com o objectivo coordenado de proteger a saude, prolongando a vida dentro dos limites optimos de sua duração normal. E é arte victoriosa, conseguindo aos poucos expurgar o planeta das pestes, das infecções, sanear regiões insalubres, valorizar o solo e beneficiar a vida humana em todos os sentidos"









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Sobre a eugenia tropical: ou
Brasil nos passos do arianismo do inicio do Século XX.


Uma das principais marcas do discurso de Kehl era o seu pessimismo quanto ao futuro
da nação brasileira. Para ele, a miscigenação racial conduzia o Brasil para uma catástrofe.

Assim, somente com procedimentos eugênicos, como a educação higiênica e a esterilização o
país poderia tornar-se uma nação moderna e próspera.

Defensor de exames médicos que autorizariam ou não o casamento e a geração de filhos, Kehl alertava que essas medidas poderiam ser inócuas para a constituição de uma espécie hígida.

A esterilização deveria ser aplicada de forma compulsória e permanente. Renato Kehl afirmava a competência técnica dos médicos para efetuar uma seleção “eugênica”, no momento histórico em que esta categoria reivindicava uma projeção política na formação social brasileira.


Eugenia é a ciência da boa geração. Ela não visa, como parecerá a muitos, unicamente
proteger a humanidade do cogumelar de gentes feias. Seus objetivos não se restringem à
calipedia, isto é ter filhos bonitos. A beleza é um ideal eugênico. Mas a ciência de
Galton não tem horizontes limitados; ao contrário, seus intuitos além de complexos são
de uma maior elevação...

Segundo Kehl, era necessário propagar a afirmação "cartesiana" de que cumpria à medicina a solução dos problemas que mais interessam "á grandeza e á felicidade dos habitantes deste planeta", porque "só ela, pela higiene, o mais belo florão da sua coroa", poderia promover o bem-estar físico e moral e a evolução somática e intelectual da humanidade.

Ao apresentar a primeira "pílula da vida", o eugenista tropical, apoiando-se no francês Lacassagne, tratava de definir a higiene como: Arte de conservar a saude, e si é verdade, como diz a sabedoria antiga, que a saude é o primeiro dos bens, a hygiene deve ser a primeira das artes.

Sim é arte e não sciencia; representa a aplicação de todos os conhecimentos com o objectivo coordenado de proteger a saude, prolongando a vida dentro dos limites optimos de sua duração normal. E é arte victoriosa, conseguindo aos poucos expurgar o planeta das pestes, das infecções, sanear regiões insalubres, valorizar o solo e beneficiar a vida humana em todos os sentidos.

A procura da verdadeira nação brasileira não esteve presente apenas na produção literária.

O discurso científico também proporcionou ao debate novos argumentos. No início do século XX, a
eugenia explicava o país e tentava transformá-lo.

Para o pensamento social hegemônico na época, fortemente influenciado pelo “eugenismo”, não tínhamos conhecido o desenvolvimento econômico e social de outras nações porque fatores como o clima e a “mistura” com raças inferiores haviam gerado uma população preguiçosa, indisciplinada e pouco inteligente.

Esta inferioridade biológica seria a causa da inadaptabilidade à sociedade moderna e industrial.



Médico, farmacêutico e eugenista, Kehl gesta, no interior de suas obras discussões sobre diversos temas, dentre eles: maternidade, Educação, Higiene, Saneamento e a Educação Física.

Nascido em Limeira, interior de São Paulo, formou-se em Farmácia, em 1909, pela Escola de Farmácia de São Paulo, e em Medicina em 1915, pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, títulos que lhe conferiram status e o auxiliaram a dar voz à Ciência Eugenia.

Constituída como movimento político-científico que visava a melhoraria da condição racial, a
Eugenia estava fadada ao desenvolvimento da espécie. No Brasil, por volta do início da década de
1910, esta ciência ganhou alguns adeptos dizendo ser a salvação para o caso de multi-raças que
aqui se instaurara. A herança da política escravocrata, somada à intensa imigração européia e
posteriormente japonesa, fez com que os olhares da elite letrada recaíssem no desânimo. 5 A
Eugenia seria a ciência capaz de curar os males produzidos pela miscigenação, pelo negro, pelo
índio, pelos italianos e japoneses. Muito mais que regenerar racialmente a população brasileira, a
Eugenia carregava, em seus preceitos, ares de um civismo europeu que aportaria neste país para
endireitar corpos e embelezar o povo.
As investidas dessa Ciência, no Brasil, começam a surgir, de forma mais sistemática, por volta da
segunda metade da década de 1910. Em 1918, Renato Kehl, juntamente com Arnaldo Vieira de
Carvalho, funda a Sociedade Eugênica de São Paulo, um marco do movimento eugênico brasileiro
e importante conquista de Kehl em direção a seu projeto de vulgarização dessa Ciência.
Nesse período foram editados seus primeiros livros cujos conteúdos estão encharcados de
ensinamentos, valores e normas6 morais daquele tempo. Nos primeiros anos da década
1920,7Kehl, nos textos que produziu sobre a educação física, imprime, juntamente com as leis
“naturais” do crescimento e desenvolvimento, da Fisiologia e da hereditariedade, elementos
disciplinares, modos de ser e de se portar. Suas obras revelam-se tal qual um compêndio
pedagógico que ensina pressupostos de raça, classe, gênero, constituindo, assim, modos de ser
homens, mulheres, mães, pais, filhos, cidadãos... Autorizado pela competência médica e pelas
relações político-intelectuais que construiu, 8 este eugenista elege como referentes os corpos de
mulheres belas, magras e elegantes, localizando nas margens as gordas, inativas e falsas.




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Renato Ferraz Kehl (1889-1974) História administrativa/biografia


Nasceu em 22 de agosto de 1889, em Limeira (SP), filho de Joaquim Maynert Kehl e Rita de Cássia Ferraz Kehl. Formou-se aos vinte anos pela Escola de Farmácia de São Paulo e posteriormente, em 1915, doutorou-se em medicina na Universidade do Brasil. Exerceu a clínica em São Paulo durante alguns anos. Interessou-se pelos princípios da eugenia e fundou em 1918 a Sociedade Eugênica de São Paulo, com 140 médicos. Lutando pela difusão e implantação das ideias eugênicas, realizou conferências no Brasil, publicou cerca de trinta livros e inúmeros artigos em jornais. Durante alguns anos exerceu o cargo de inspetor sanitário rural do Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP), no qual organizou o Serviço de Educação Sanitária ligado à Inspetoria da Lepra e das Doenças Venéreas, tendo sido também o criador do Museu de Higiene, apresentado por esse serviço nas Comemorações do Centenário da Independência, em 1922. Nesse Museu realizou uma exposição da campanha educativa e sanitária que deveria ser instalada no país, na qual incluiu objetos e fotografias que mostravam as habitações típicas das áreas rurais infestadas de insetos transmissores de doenças. No Departamento de Saneamento e Profilaxia Rural do DNSP trabalhou entre 1919 e 1922 como inspetor sanitário rural e chefe do posto de Meriti (RJ), e depois passou para o Serviço de Educação e Propaganda Sanitária, de 1923 a 1924. Tendo se exonerado do cargo de inspetor sanitário do DNSP, ingressou na empresa Bayer, a princípio como farmacêutico e depois como diretor. Nessa companhia dirigiu durante muitos anos os periódicos Os Farmacêuticos Brasileiros e Revista Terapêutica, que circulavam largamente entre os médicos de todo o país. Em 1933 ingressou na Academia Nacional de Medicina. Entre os seus principais livros destacam-se: Eugenia e medicina social, O médico do lar, Aparas eugênicas, A cura da fealdade, Lições de eugenia, Bíblia da saúde e Pais, médicos e mestres. Morreu em 14 de agosto de 1974.


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